(Im) perfeitos

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Que dos céus caiam chuvas de bençãos sobre ti,

que possas senti-las nas palmas da mão e conserva-las no

coração.

Grata por sua visita!

Nadja Feitosa


                      
Para entrar neste mundo, você tem de ser imperfeito. Diz-se nas velhas escrituras que sempre que um homem se aproxima da perfeição - muitas vezes isso acontece - deixa alguma coisa imperfeita para poder voltar.

Conta-se que Ramakrishna era viciado em comida, era obcecado. Pensava o dia inteiro em comida. Conversava com seus discípulos e, sempre que tinha uma chance, corria até a cozinha para perguntar à sua mulher: "O que está preparando? Que novidade está fazendo para hoje?" Muitas vezes até sua mulher se sentia embaraçada e dizia: "Paramahansa Deva, isto não fica bem para você." E ele ria.

Um dia, sua esposa insistiu, dizendo: "Até seus discípulos se riem disso e falam: 'Que espécie de homem liberto é Paramahansa?'". Ele era tão obcecado por comida que sempre que Sharada, sua mulher, lhe trazia a refeição, imediatamente dava uma olhada na thali para ver o que ela estava trazendo. Esquecia tudo sobre Vedanta, sobre Brahma, e às vezes era muito embaraçoso, porque havia pessoas presentes e elas achavam um absurdo um homem liberto ser preso à comida.

Um dia, sua esposa insistiu:"Por que você faz isso? Deve haver alguma razão."

Ramakrishna disse: "No dia em que eu não o fizer, você poderá contar mais três dias para eu estar vivo aqui. Quando eu parar, este será o sinal de que só estarei aqui por mais três dias."

Sua esposa riu, seus discípulos também riram e disseram: "Isso não explica nada!" Eles não conseguiram acompanhar o significado do que foi dito.

Mas aconteceu exatamente assim. Um dia, sua esposa chegou com a comida e ele estava repousando em sua cama. Ele virou-se de lado - geralmente pulava da cama para olhar. Sua esposa lembrou-se do que ele havia dito: que viveria apenas mais três dias quando se mostrasse indiferente à comida. Ela não conseguiu segurar a thali; a thali caiu e ela começou a chorar.

Ramakrishna disse: "Mas todos vocês queriam que isso acontecesse. Agora, não se preocupem. Estarei aqui por mais três dias." No terceiro dia, ele morreu. Antes de morrer, disse que estava preso à comida só para continuar ligado a alguma coisa imperfeita e poder estar com os discípulos, servindo-os.

Muitos Mestres fazem isso. No momento em que sentem que estão se tornando completamente perfeitos, prendem-se a alguma imperfeição só para continuar aqui. Caso contrário, esta margem não é mais para eles. Se todas as amarras são rompidas, seus botes rumam para a outra margem, não podem permanecer aqui.

Assim, eles mantêm alguma amarra, mantêm algum relacionamento, encontram alguma fraqueza em si mesmos e não permitem que ela desapareça. Desse modo, o círculo não é completado, uma lacuna permanece. Através dessa lacuna, eles continuam aqui.

É por isso que os hindus, os budistas e os jainistas, por terem conhecido muitos mestres, sabem que a perfeição não é deste mundo. No momento em que o círculo se completa, desaparece dos seus olhos. Você não pode ver, não está na sua linha de visão, está além - lá você não consegue penetrar.

*****

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. 

Só você pode evitar que ela vá à falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. 


Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.


Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. 


Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. 


Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. 


Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser. 


Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.


É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma e agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. 


Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. 


É saber falar de si mesmo. 


É ter coragem para ouvir um "não". 


É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. 


É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem. 


Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. 


É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". 


É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter capacidade de dizer "eu te amo". 


Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... 


Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. 


Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria. 


E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo, pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida. 


E descobrirá que... 


Ser feliz não é ter uma vida perfeita. 


Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. 


Usar as perdas para refinar a paciência. 


Usar as falhas para esculpir a serenidade. 


Usar a dor para lapidar o prazer. 


Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. 


Jamais desista de si mesmo!!! 


Jamais desista das pessoas que você ama. 


Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível. E você é um ser humano especial ! 


Seja Feliz 


Autor desconhecido





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Omar Khayyam -Rubayat





Conhecido no Oriente de seu tempo como extraordinário filósofo e cientista, Omar Khayyam tornou-se célebre no Ocidente como autor da coleção de poemas denominada Rubaiyat.


Omar Khayyam, cujo nome árabe era Umar al-Khayyam, nasceu em 18 de maio de 1048, em Nishapur, cidade persa do império seldjúcida. Estudou filosofia e ciências em Nishapur, Balk e Samarcanda. A pedido do sultão Malik Xá, em 1074 fez estudos astronômicos para a reforma do calendário islâmico. Trabalhou mais tarde no preparo de uma vasta obra enciclopédica de que restam apenas dois tratados sobre metafísica e álgebra. A solução das equações de segundo grau e a demonstração da impossibilidade da resolução de equações de terceiro grau com números inteiros são suas principais contribuições à matemática.

No que diz respeito à obra poética, as referências da época são poucas e só a partir do século XVI começaram a ser descobertos os rubaiyat -- poemas persas epigramáticos -- com seu nome. Em 1859 o poeta britânico Edward FitzGerald publicou uma tradução livre da coletânea que, embora considerada infiel por especialistas, passou a ser estimada como um clássico da língua inglesa. Desde então surgiram várias versões do livro, em diversas línguas. Somente cerca de metade dos 500 rubaiyat atribuídos a Khayyam é tida como autêntica. No Brasil, uma tradução para o português deve-se a Otávio Tarqüínio de Sousa.

Os rubaiyat têm origem na literatura persa pré-islâmica e são poemas de uma só quadra (estrofe de quatro versos). Sugerem sempre uma atmosfera de prazer e expõem um pensamento que, entre cético e místico, prega com notável poder de síntese a atitude hedonista, orientada para os prazeres efêmeros, sobretudo o amor e o vinho. As quadras, no entanto, apresentam reflexão profunda e quase sempre pessimista sobre a natureza do universo, a passagem inexorável do tempo e a relação do homem com Deus. Khayyam morreu em Nishapur, em 4 de dezembro de 1122. 








Nesta noite caem pétalas das estrelas,



mas o meu jardim ainda não está coberto delas.



Assim como o céu derrama flores sobre a terra,



verto em minha taça o vinho da cor das rosas.



Omar Khayyam








tu, cujas
faces tiveram
por modelos as flores
do campo, cujo rosto parece
o de um ídolo chinês,
saberás acaso que o teu
olhar de veludo fez o rei
da Babilônia igual ao
bispo do jogo de xadrez
que foge da rainha?...




Omar Khayyam







Um jardim,
uma rapariga ondulosa,
uma ânfora de vinho,
o meu desejo e minha
amargura: eis o meu
Paraíso e o meu Inferno!...
Quem sabe, porém, o que
é o Céu, que é o Inferno!?



 Omar Khayyam






As raízes do
narciso, que balança à
beira do riacho, brotaram
dos lábios de uma mulher.
Pisa muito de leve
a relva macia!
Quem sabe se ela não
germinou nas cinzas
de rostos que eram belos
e brilhantes como
tulipas vermelhas?




Omar Khayyam







Que pobre o coração que não sabe amar



e não conhece o delírio da paixão.

Se não amas, que sol te pode aquecer,

ou que lua te consolar?

Omar Khayyam







Vinho, bálsamo para o meu coração doente,


vinho da côr das rosas, vinho perfumado



para calar a minha dor. Vinho, e o teu alaúde



de cordas de seda, minha amada.



Omar Khayyam







a aurora encheu de rosas

a taça do Céu.
No ar de cristal ecoa o canto
do último rouxinol.
O perfume do vinho é mais
suave... Ó delícia!...
E dizer-se que
em momentos tais
há insensatos que sonham
com a glória e cuidam
de honrarias!
Tua cabeleira, ó minha
bem-amada,
é macia como a seda.


Omar Khayyam







Aurora!

Felicidade e pureza!
Um imenso rubi cintila
em cada taça.
Toma estes dois
ramos de sândalo.
Transforma o maior numa
cítara e beija o outro, para
que o seu perfume
te embalsame.


Omar Khayyam






Todas as
manhãs, o orvalho
pesa sobre as tulipas, os
jacintos e as violetas, até
que o sol venha aliviá-los
desse belo fardo.
Todas as manhãs, sinto o
coração mais pesado no meu
peito, mas logo o teu olhar
dissipa a minha tristeza.


Omar Khayyam










As flores

do céu deixam cair

as suas pétalas de ouro,
e não sei por que o meu
jardim ainda
não está todo atapetado.
Como o céu espalha as
flores sobre a terra,
eu encho a minha taça
de um vinho cor de rosa!...

Omar Khayyam










Podes sondar

a noite que nos cerca.

Podes afundar
pelo mistério adentro.
Em vão!
Ó Adão e Eva!
Como deve ter sido amargo
o vosso primeiro beijo,
para que nos gerásseis
tão desesperados!...

Omar Khayyam








Uma rosa dizia:

"Sou a maravilha do universo.

Será possível que um
perfumista tenha coragem
de fazer-me sofrer?"
Um rouxinol cantou:
"Um dia de felicidade
prepara um ano de lágrimas."

Omar Khayyam










Olha!

Escuta!

Uma rosa treme
ao sopro da brisa.
E um rouxinol lhe entoa
um canto apaixonado.
Uma nuvem parou.
Bebamos vinho.
Esqueçamos que a brisa
desfolhou a rosa, e levará o
canto do rouxinol e a nuvem
que nos dá neste momento
uma sombra tão preciosa.

Omar Khayyam









Por que

tanta suavidade, tanta

ternura, no começo
do nosso amor?
Por que tantos carinhos,
tantas delícias, depois?
E...por que, hoje, o teu
único prazer é dilacerar
o meu coração?
Por quê?

Omar Khayyam








s raízes do

narciso, que balança à
beira do riacho, brotaram
dos lábios de uma mulher.
Pisa muito de leve
a relva macia!
Quem sabe se ela não
germinou nas cinzas
de rostos que eram belos
e brilhantes como
tulipas vermelhas?


Omar Khayyam







A tulipa

rubra nasce
no campo regado outrora
pelo sangue de um rei.
A violeta brota do sinal
de beleza que palpitava
no rosto de um adolescente.


Omar Khayyam






"Além da

Terra, além do Infinito,

eu procurava em vão o Céu
e o Inferno.
Mas uma voz me disse:
"O Céu e o Inferno estão em
ti mesmo."

Omar Khayyam






"Se uma rosa de amor tu guardaste,

Bem no teu coração;

Se a um Deus supremo e justo endereçaste
Tua humilde oração;
Se com a taça erguida
Cantaste, um dia, o teu louvor à vida
Tu não viveste em vão..."

Omar Khayyam   
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