Thich Nhat Hanh



A terra que pisei hoje de manhã Transcende a história. 
Primavera e inverno estão presentes neste momento. 
A jovem folha e a folha morta são realmente uma. 
Meus pés tocam a imortalidade, 
E os meus pés são teus. 
Ande comigo agora. 
Vamos entrar na dimensão da unidade 
E ver a cerejeira florescer no inverno. 
Porque deveríamos falar sobre a morte ? 
Eu não preciso morrer para voltar pra ti.

ღ.¸¸.•´`»ღ

[Thich Nhat Hanh]
 — 






"... Há mel nos seus olhos quando você não está raivoso. Há um brilho de sol no seu rosto quando sua mente está pura. Plumas nas suas mãos quando você toca sem pegar. Há pétalas nos seus pés quando caminha com alegria. Há música na sua voz quando você sorri, e há luar em suas noites quando você é livre..."



~ Thich Nhat Hanh

"Sou Imenso, MULTIDÕES ha contidas em Mim
Despertar para ESSA Consciência e compreender profunda, 
Total E definitivamente que tudo Pertence a Totalidade, a Deus, 
AO Divino EU SOU. Tudo E uma Totalidade, nenhuma separação: 
Não HÁ 
possibilidade real, de Existir QUALQUÉR Coisa, 
 separada  que SEJA
da Totalidade

A Relação Entre Tudo e  Todos é absoluta .....

Uma MESMA Vida expressando-se, vibrando, se divertindo,

criando, acontecendo, se Descobrindo, se Revelando ...

O MESMO sol Que Ilumina infinitos Corações ...

Infinitos Corações,   Essência São UM ...

O Amor reconhece ISSO ... e se encanta ..... "



~ Thich Nhat Hanh


"Este corpo não sou eu.
Eu não sou limitado por este órgão.
Eu sou a vida sem limites.

Eu nunca nasci,
e eu nunca morri.

Olhe para o mar e o céu cheio de estrelas,
manifestações de minha mente, 
verdade maravilhosa.

Desde antes dos tempos, eu sou livre.
O nascimento e a morte são apenas 
portas pelas quais passamos, 
limiares sagrados 
no nosso caminho.

Nascimento e morte são um jogo de 
esconde-esconde.

Então ria comigo,
segure a minha mão,
vamos dizer adeus,
despedir-se, 
reunir-se novamente 
em breve.

Nós nos encontramos hoje.
Nós vamos nos encontrar novamente 
amanhã.
Nós vamos nos encontrar na fonte a 
cada momento.
Nós nos encontramos uns aos outros em 
todas as formas de vida."

Thich Nhat Hanh



Chamem-me pelos meus verdadeiros nomes
Não digam que parto amanhã
Porque hoje estou ainda chegando.


Olhe bem, a cada instante estou chegando
Para vir a ser botão de flor em ramo de primavera
Para ser passarinho de asas frágeis
Aprendendo a cantar em meu novo ninho,
Para ser lagarta na corola da flor,
Para ser gema oculta na pedra.

Estou ainda chegando para rir e chorar,
Para sentir medo e esperança
O ritmo do meu coração é o nascimento e morte
De tudo o que vive.


Sou a libélula em metamorfose
Em vôo sobre as águas do rio
E sou pássaro que se lança ao ar para engolir a libélula.


Sou rã que nada descuidada
Nas águas claras da lagoa
E cobra que em silêncio se alimenta da rã.


Sou a criança em Uganda, só pele e osso
Minhas pernas como gravetos
E sou o traficante que vende armas para Uganda.


Sou a jovem púbere
Que escapa em uma balsa
E que, violentada por um pirata, lança-se ao mar


Mas sou o pirata ainda incapaz de sentir e de amar
Minha alegria é como a cálida primavera
Que faz florescer toda a Terra.
Minha dor é como um rio de lágrimas,
Tão vasto que enche os quatro oceanos.


Chamem-me pelos meus verdadeiros nomes,
Para que eu possa despertar e enfim escancarar
Em meu coração as portas da compaixão.

Se você chamar o nome da criança do Congo, eu digo “Sim”. Se você chamar o nome daqueles que produzem bombas e armas, eu também digo “Sim”. Quando sou capaz de ver que sou todas essas pessoas, meu ódio não está mais presente, e eu fico determinado a viver de forma que possa ajudar as vítimas, e possa ajudar aqueles que criam guerra e destruição.
Se não tivermos achado nosso verdadeiro lar será difícil ter um nome verdadeiro. Nosso nome deveria nos dar um sentimento de estar em casa. A sociedade pode nos rotular como franceses ou americanos, ou talvez nos chamar de afro-americano, quer nos sintamos em casa com o nome ou não. Às vezes não estamos confortáveis com nossa cultura, sociedade, igreja e não nos sentimos no nosso lar. Portanto o nome que os outros nos dão não é nosso verdadeiro nome. Mas não podemos achar nosso verdadeiro nome a não ser que tenhamos um lar verdadeiro.
Além de perguntar sobre nosso verdadeiro lar e nosso verdadeiro nome, podemos também perguntar, “Eu tenho uma verdadeira cor?” Isto também é muito difícil. Às vezes não estamos confortáveis com nossa cor, seja negro, mulato, amarelo ou branco. Podemos ter vergonha da nossa cor por que no passado nossos ancestrais podem ter feito coisas que não temos orgulho. Portanto, mesmo que você tenha uma pele branca, pode não gostar dela. Você pode não gostar de ser chamado de branco.
Todos devemos ter uma verdadeira cor que seja livre desses tipos de sentimento, desses tipos de complexos. Portanto em termos de geografia, de raça, de cultura, estamos confusos e não sabemos quem somos ou onde nosso verdadeiro lar está. A felicidade verdadeira não pode ser achada a não ser que achemos nosso verdadeiro lar. Para achar nosso verdadeiro lar temos que nos aceitar como somos.
O Buda viveu em uma sociedade que era muito dividida pelo sistema de castas. Os brâmanes, a casta dos padres, se acreditam superiores. Havia também aqueles fora das castas que viviam na base da sociedade. O Buda sempre falava sobre o sistema de castas, e falava de nobreza em termos de pensamentos, palavras e ações e não em termos de ancestrais ou raça. Nos ensinamentos do Buda, é muito claro que o que determina o valor de uma pessoa não é sua raça ou casta, mas seus pensamentos palavras e ações.
Não somos nobres por causa da nossa raça, mas pelo nosso modo de pensar, nosso modo de agir e nosso modo de falar. Há muitos que acreditam que são nobres, mas cujas vidas absolutamente não são nobres. Seu modo de pensar, falar e agir é ignóbil, portanto não há nada neles que possa ser chamado de nobre. Há pessoas, não importando o grupo étnico ao qual pertençam, cujo modo de pensar é cheio de entendimento, compaixão e irmandade, cuja maneira de falar é cheia de esperança e confiança, e cujo modo de agir é cheio de compaixão. É fácil ver a nobreza neles.
De acordo com os ensinamentos do Buda, todos têm a semente da equanimidade e da não discriminação dentro de si. Se formos capazes de tocar esta semente dentro de nós, a sabedoria da não discriminação se manifestará, e não sofreremos ou faremos outros sofrerem.
Vamos olhar para nosso corpo para outro exemplo. Chamamos uma mão de mão esquerda e a outra de mão direita. Elas são distintas e não fazemos confusão entre elas. Minha mão direita escreveu quase todos os meus poemas. (…) Ainda assim minha mão direita nunca teve complexo de superioridade. Minha mão direita não pensa ou diz coisas como: ”Mão esquerda, você sabe que eu escrevi quase todos os poemas? Você sabe que eu posso fazer caligrafia? Eu posso convidar o som do sino? E você, mão esquerda, não parece ser boa para nada!” Minha mão direita nunca pensa deste modo, nunca tem essa atitude. Minha mão direita nunca é capturada por um complexo de superioridade. Um complexo de superioridade nos faz sofrer. Não é apenas quando temos baixa auto-estima que sofremos, mas quando temos alta auto-estima — o sentimento que somos mais poderosos, mais talentosos, mais importantes — também sofremos.
Embora minha mão esquerda não tenha escrito poemas ou feito caligrafia, não sofre de nenhum complexo de inferioridade. É maravilhoso. Ela não sofre absolutamente. Não há comparação, não há baixa auto-estima. É por isso que minha mão esquerda é perfeitamente feliz.
Um dia eu estava tentando pendurar um quadro na parede. Minha mão esquerda estava segurando um prego e minha mão direita um martelo. Neste dia, não sei por que, ao invés de bater no prego, eu bati no meu dedo. Quando acertei o meu dedo, minha mão esquerda sofreu. Imediatamente a mão direita largou o martelo e tomou conta da mão esquerda do modo mais carinhoso, como se estivesse tomando conta de si mesma. Ela não via isso como sua obrigação. Este tipo de coisa aconteceu muito naturalmente; minha mão direita faz coisas para minha mão esquerda como se tivesse fazendo para si mesma.
O psicólogo Fritz Perls escreveu um poema que dizia: “Você é você, e eu sou eu, e se por acaso nos encontrarmos, será bonito. Senão, não poderemos ser ajudados.” Eu discordo do sentimento por trás desse poema. Minha mão direita não diz: “Eu sou eu e você é você, nós somos mãos diferentes.” Não há esse tipo de pensamento. Minhas duas mãos praticam perfeitamente o ensinamento do Buda de que não há eu separado.
Minha mão direita considera o sofrimento da mão esquerda como seu próprio sofrimento. É por isso que fez tudo para tomar conta da mão esquerda. Minha mão esquerda não estava com raiva. Ela não disse: “Você, mão direita, me fez injustiça. Dê-me o martelo. Eu quero justiça!” Ela não tinha tais pensamentos. Isto confirma que há uma inerente sabedoria na minha mão esquerda, a sabedoria da não discriminação. Quando temos essa sabedoria, absolutamente não temos que sofrer. A sabedoria da não discriminação em sânscrito énirvikalpajñana. Vikalpa é discriminação, nirvikalpa e não discriminação ejñana significa sabedoria. Esta sabedoria é inata em todos nós.

Vezes como uma SUA alegria E a Fonte do Seu Sorriso, 
mas como Vezes o Seu Sorriso PODE Ser uma Fonte de SUA alegria. 
Para Ser belo significa Estar Sozinho. 
Você: Não Precisa Ser Aceito POR OUTROS. 
Você. Precisa Aceitar a si MESMO. 


Como PESSOAS TEM  dificuldade los abrir Mão de Seu Sofrimento.


De hum Medo fazer Desconhecido, enguias preferem o Sofrimento Que LHE E familiar.

Sentimentos Vem e Vao Como Nuvens los hum Céu ventoso.

A Respiração Consciente e A Minha Âncora. Nossa Vida TEM Que Ser A Nossa MENSAGEM ".



Thich Nhat Hanh 

 Não foi homem QUEM teceu a trama da Vida. Ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que Fizer a trama, a si proprio o fará. Voce  eu Somos um Como Duas Mãos de um  mesmo Corpo !



"O Primeiro Elemento do Amor Verdadeiro 
E a Bondade Amorosa e uma um Benevolência, Maitri (em Sânscrito). 
Tem o Poder de oferecer Felicidade. Se O Amor: Não Puder oferecer Felicidade, entao : Não e Amor verdadeiro. O Amor verdadeiro oferece felicidade um MESMO si, um elemento, uma ELA, um de Todos os OUTROS. Localidade: Não E uma Vontade de oferecer Felicidade, o Porque se UMA Pessoa Localidade: Não entende A Outra, Quanto Mais Tenta faze-la feliz, MAIS um sofrer Faz. Entao é Preciso trocadilho o Sofrimento ea necessidade DELE OU dela Antes Que Você. POSSA Tela da página O Amor bondoso. Precisamos trocadilho A Outra Pessoa Para faze-la Realmente feliz. E E POR ISSO Opaco compreensão E A Outra Palavra par Amor, par a Compaixão. E compreensão Precisa de ritmo, parágrafo Poder observar, parágrafo observar profundamente. " ~ Thich Nhat Hanh

"A Ansiedade, uma doença do Nosso tempo, VEM principalmente da Nossa Incapacidade de morar há Momento Presente."

- Thich Nhat Hanh

A terra que pisei hoje de manhã Transcende a história. 

Primavera e inverno estão presentes neste momento. 
A jovem folha e a folha morta são realmente uma. 
Meus pés tocam a imortalidade, 
E os meus pés são teus. 
Ande comigo agora. 
Vamos entrar na dimensão da unidade 
E ver a cerejeira florescer no inverno. 
Porque deveríamos falar sobre a morte ? 


Eu não preciso morrer para voltar pra ti.




ღ.¸¸.•´`»ღ





[Thich Nhat Hanh] — 



“O primeiro elemento do Amor Verdadeiro é a Bondade Amorosa ou a Benevolência, Maitri (em Sânscrito). Tem o poder de oferecer felicidade. Se o amor não puder oferecer felicidade, então não é amor verdadeiro. O amor verdadeiro oferece felicidade a si mesmo, a ele, a ela, a todos os outros. Não é a vontade de oferecer felicidade, porque se uma pessoa não entende a outra, quanto mais tenta fazê-la feliz, mais a faz sofrer. Então é preciso entender o sofrimento e a necessidade dele ou dela antes que você possa praticar o amor bondoso. Precisamos entender a outra pessoa para fazê-la realmente feliz. E é por isso que compreensão é a outra palavra para Amor, para a Compaixão. E compreensão precisa de tempo, para poder observar, para observar profundamente.”

Thich Nhat Hanh



Este corpo não sou eu.
Eu não sou limitado por este órgão.
Eu sou a vida sem limites.

Eu nunca nasci,
e eu nunca morri.

Olhe para o mar e o céu cheio de estrelas,
manifestações de minha mente, 
verdade maravilhosa.

Desde antes dos tempos, eu sou livre.
O nascimento e a morte são apenas 
portas pelas quais passamos, 
limiares sagrados 
no nosso caminho.

Nascimento e morte são um jogo de 
esconde-esconde.

Então ria comigo,
segure a minha mão,
vamos dizer adeus,
despedir-se, 
reunir-se novamente 
em breve.

Nós nos encontramos hoje.
Nós vamos nos encontrar novamente 
amanhã.
Nós vamos nos encontrar na fonte a 
cada momento.
Nós nos encontramos uns aos outros em 
todas as formas de vida."

Thich Nhat Hanh
                                                                    

O Néctar da Compaixão...

"Toda violência é injusta. Não se pode apagar o fogo do ódio e da violência alimentando suas chamas com mais ódio e violência. 


O único antídoto para a violência é a compaixão.

Do que é feita a compaixão? Ela é feita de compreensão. Quando não há compreensão, como podemos sentir compaixão, como podemos sequer começar a aliviar o enorme sofrimento que ali está?

Portanto, compreensão é realmente o alicerce sobre o qual construímos a nossa compaixão. (...)




Como podemos produzir uma gota de compaixão que seja capaz de apagar o fogo do ódio? 



Você sabe que compaixão não é coisa que se venda nos supermercados. Se fosse, bastaria a gente comprar e levar para casa e assim resolveríamos o problema do ódio e da violência no mundo com muita facilidade. 



Acontece que só a nossa prática pode produzir compaixão no coração de cada um de nós. (...)



O método do Buda consiste em examinar em profundidade para ver a fonte do sofrimento, a fonte da violência. Se temos violência dentro de nós, qualquer ação pode fazer essa violência explodir. A energia do ódio e da violência pode ser muito grande e, quando vemos isso em outra pessoa, nós temos pena 

dela. Quando temos pena dessa pessoa, a gota da compaixão nasce em nosso coração e nos sentimos bem mais felizes e em paz com nós mesmos. Isto gera o néctar da compaixão dentro de nós. (...)



O mal existe. Deus também existe. O Mal e Deus são dois lados de cada um de nós. 

Deus é a grande compreensão e o grande amor dentro de nós. É o que nós também chamamos de Buda, a mente esclarecida que pode ver através de toda a ignorância.



O que é o mal? É o que surge quando o rosto de Deus, de Buda ficou escondido. Cabe a nós escolher se o lado do mal se tornará mais importante ou se o lado de Deus e do Buda irá resplandecer. Mesmo que o lado de 

grande ignorância - o lado do mal - esteja se manifestando com vigor em determinado momento, isto não implica que Deus não esteja ali



Está perfeitamente claro na Bíblia: "Perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem". Isto significa que um ato de maldade é um ato de imensa ignorância e incompreensão. É provável que haja muitas percepções equivocadas por trás de um ato maligno; é preciso perceber que a ignorância 
e a incompreensão estão na raiz do mal. 


Todo ser humano traz em si todos os elementos de grande compreensão, grande compaixão e também de ignorância, ódio e violência. (...)



Desenvolver a gota de compaixão no próprio coração é a única resposta espiritual eficaz ao ódio e à violência. 


Essa gota de compaixão resultará em acalmarmos nossa raiva, examinarmos a fundo as raízes da nossa violência, escutarmos em profundidade e compreendermos o sofrimentos de todos os envolvidos nos atos de ódio e violência."

Thich Nhat Hanh em Serenando a Mente

                                                        
                                                

Transformando a Raiva em Compaixão...


"Você só pode cometer um erro quando se esquece que a outra pessoa está sofrendo. Temos a tendência de acreditar que só nós sofremos, e que a outra pessoa está feliz por nos fazer sofrer.
Quando achamos isso, fazemos coisas más e cruéis para magoar o outro. A consciência de que a outra pessoa sofre muito, ajudará você a ouvir profundamente.



A compaixão se torna possível e você consegue mantê-la viva enquanto escuta. Agindo assim, você será um excelente terapeuta para o outro.




Talvez a outra pessoa seja muito crítica e diga palavras de acusação, mostrando-se amarga.



No entanto, como a compaixão está em você, essas atitudes não afetam tanto.O néctar da compaixão é maravilhoso.



Se você se empenhar em mantê-lo vivo, estará garantindo sua proteção. O que a outra pessoa diz não desencadeará raiva e irritação em você, porque a compaixão é o verdadeiro antídoto da raiva.

Somente a compaixão é capaz de curar a raiva.

É por isso que a prática da compaixão é maravilhosa.

Só é possível existir compaixão quando a compreensão está presente.

Compreensão de que? O entendimento de que a outra pessoa sofre e precisa da minha ajuda.(...)


A raiva é uma coisa viva.

Ela brota e precisa de tempo para abrandar.



Quando você desliga um ventilador, ele continua a girar durante algum tempo antes de parar. A raiva também é assim. Não espere que a outra pessoa pare imediatamente de sentir raiva. Deixe que ela desapareça aos poucos, lentamente.



A paciência é a marca do verdadeiro amor. Se quisermos amar, precisamos aprender a ser pacientes, tanto com os outros quanto com nós mesmos.



A prática de abraçar a raiva requer tempo, mas, se você praticar durante apenas cinco minutos a respiração consciente, o andar consciente e abraçar sua raiva, poderá alcançar um resultado eficaz. Se cinco minutos não forem suficientes, leve dez. e se dez não bastarem, leve quinze.



Leve o tempo que precisar.(...) Quando está chovendo, parece que não existe a luz do sol. Mas se ultrapassarmos as nuvens, veremos que a luz está sempre presente. Mesmo num momento de raiva ou desespero, nosso amor continua presente.


Nossa capacidade de comunicação, de perdão, de sentir compaixão, ainda existe.

Tenha certeza: somos mais do que a nossa raiva, mais do que o nosso sofrimento.Se você souber que tem dentro de si a capacidade de amar, compreender e sentir compaixão, não sentirá desespero quando chover.

Você sabe que a chuva está presente, mas a luz do sol continua existindo em algum lugar e, quando a chuva parar, o sol voltará a brilhar. 


Se nos momentos de raiva você conseguir lembrar que os sentimentos positivos continuam dentro de 

você e da outra pessoa, saberá que é possível abrir caminho para eles, de modo que o que há de melhor em vocês volte a se manifestar."

Thich Nhat Hanh em The heart of undestanding

                                              
“O primeiro elemento do Amor Verdadeiro é a Bondade Amorosa ou a Benevolência, Maitri (em Sânscrito). Tem o poder de oferecer felicidade. Se o amor não puder oferecer felicidade, então não é amor verdadeiro. O amor verdadeiro oferece felicidade a si mesmo, a ele, a ela, a todos os outros. Não é a vontade de oferecer felicidade, porque se uma pessoa não entende a outra, quanto mais tenta fazê-la feliz, mais a faz sofrer. Então é preciso entender o sofrimento e a necessidade dele ou dela antes que você possa praticar o amor bondoso. Precisamos entender a outra pessoa para fazê-la realmente feliz. E é por isso que compreensão é a outra palavra para Amor, para a Compaixão. E compreensão precisa de tempo, para poder observar, para observar profundamente.”

                       Thich Nhat Hanh
                                         


 Thich Nhat Hahn


Quando os dois monges já estavam acomodados, Shariputra perguntou: Querido amigo, como se sente no seu corpo? A dor no seu corpo tem aumentado ou diminuído?



Anathapindika disse: Queridos veneráveis, não parece que a dor no meu corpo diminua. Ela só faz aumentar.



Quando Shariputra ouviu aquilo, ele ofereceu a meditação guiada, das Três Jóias do Buda - Budha, Dharma e Sangha. Esta prática é chamada de três recordações. Ele sabia que Anathapindika havia despendido muitas décadas a serviço de Buda, do Dharma e a Sangha, e ele fez todo o trabalho com muito prazer. A prática é regar as sementes de felicidade nas pessoas que estão morrendo, e ela irá contrabalançar as dores em seu corpo. Quando sua mente se focou no Buda, no Dharma e na Sangha, sementes de felicidade se manifestam, logo ele não mais pensou na dor do seu corpo. Ele começou a sorrir. Esta é uma prática muito inteligente. Se você estiver sentado próximo à cama de alguém que está morrendo, você deve regar as sementes de felicidade e alegria nele ou nela, com a intenção que ele ou ela sofram menos.

Depois disso, Shariputra deu a ele a meditação nos seis órgãos dos sentidos. " Respirando, Eu sei que este corpo não sou eu. Sou muito mais que este corpo. Inspirado, Eu sei que esta consciência não sou eu. Eu sou muito mais que esta consciência." 
Nós sabemos que existem seis órgãos dos sentidos: olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente. O propósito da meditação é ajudar a pessoa a ver que ela não está limitada pelos órgãos dos sentidos.

Shariputra continuou com a meditação do não vir, não ir. Quando existem condições suficientes, o corpo se manifesta. Ele vem de nenhum lugar. Quando não existem condições condições suficientes, o corpo cessa de se manifestar. Ele não vai a lugar algum. 
A meditação ajuda a pessoa a tocar nessa natureza do não vir, não ir, não nascimento, não morte.

Naquele ponto, o leigo Anathapindika começou a chorar. O venerável Ananda lhe perguntou: Querido amigo, porque estás chorando? Está arrependido de alguma coisa? 
-Não, venerável Ananda, eu não estou arrependido de nada.
- Talvez você não tenha conseguido ter êxito na sua meditação guiada?
- Não venerável Ananda, eu a pratiquei com êxito.
- Então, porque choras?

Anathapindika disse: Eu choro poque estou tão comovido. Eu tenho servido Buda, o Dharma e a Sangha por mais de três décadas. E nunca pratiquei um ensinamento tão maravilhoso, o ensinamento do não nascimento, não morte, não vir, não ir.

Ananda disse: Querido amigo, nós monges, recebemos estes ensinamentos quase todos os dias.
Anathapindika disse: Venerável Ananda, por favor, vá para a casa e diga a nosso mestre que muitos de nós, pessoas leigas, somos tão ocupados que não temos tempo para receber e praticar estes ensinamentos maravilhosos. Mas, existem muitos de nós que são capazes de recebê-los e praticá-los. Por isso, por favor, diga a nosso mestre que ele deveria levar estes ensinamentos também aos leigos.

Ananda disse: Sim, eu irei para casa e direi isso ao senhor.

Este foi o último desejo feito pelo leigo Anathapindika. Após isso, ele morreu alegremente e em paz.

Este sutra é chamado O Ensinamento dado para morrer. Ele está disponível em Pali e em Chinês, 
Ele está didponível no livro de cantos em Plum Village. Se você for um médico, enfermeira, ou alguém que assiste pessoas que estão próximas da morte, você poderá gostar de aprender como o venerável Shariputra ajudou ao leigo Anathapindika a morrer em plena paz."

Anathapindika -


Thich Nhat Hahn 
em Our Cosmic Body


“O karma é como uma conta de aforro onde depositas os teus pensamentos, palavras e ações. A tua ação continua sempre, inclusive depois da dissolução deste corpo. Pensar, falar e atuar é o que realizamos todos os dias.
Podemos oferecer os nossos pensamentos, palavras e acções ao mundo. Essa é a nossa contribuição individual para a cura global e a ética mundial. É possível oferecer o melhor tipo de pensamento, o melhor tipo de palavra e o melhor tipo de acção; esses são os nossos produtos, a nossa continuação. Não se perderão. Continuarão no cosmos. Os efeitos do nosso pensamento, das nossas palavras e das nossas ações continuarão.”
 Thich Nhat Hanh